Após aporte do Kinea, ABC irá às compras
Entre as áreas de interesse estão empresas instaladas fora de São Paulo e também agências atuantes em áreas como eventos, relações públicas e marketing direto
Alexandre Zaghi Lemos| » do meio e mensagem

+“Não haverá interferência na gestão do dia a dia do Grupo ABC”, garante o presidente Guga Valente Crédito: Gustavo Scatena
Segundo Guga Valente, presidente do ABC, os recursos gerados pela chegada do Kinea serão utilizados para acelerar a expansão do grupo, especialmente por meio de aquisições, e também para desenvolver e melhor aparelhar as 14 empresas que compõem o ABC. As maiores delas são a Africa e a DM9DDB, que atendem parte da conta de Itaú, dono do Kinea. O negócio não inclui a XYZ Live, empresa de entretenimento lançada em abril de 2011 e que fez o chamado spin off em agosto do mesmo ano, ganhando independência de gestão em relação à holding.
“Foi uma negociação bem demorada e trabalhosa, pois o Kinea está gerindo dinheiro de terceiros. Precisa ter certeza de que está entrando em um negócio bom, seguro e que não vai gerar nenhum problema no futuro. E a operação do Grupo ABC é mais complicada que o normal, pois não somos uma empresa, somos 14 diferentes. O Kinea precisou avaliar cada uma delas. E eles são banqueiros, não são publicitários. Precisaram de tempo para entender o nosso negócio”, conta Valente.
Com a entrada do novo fundo, todos os demais sócios do ABC tiveram diminuídas suas frações acionárias. São eles os fundadores Nizan Guanaes e Guga Valente, além de Bazinho Ferraz (presidente da XYZ Live), Sérgio Valente (ex-presidente da DM9DDB e atual diretor da Central Globo de Comunicação, na Rede Globo) e o fundo de investimento do Icatu.
Valente revela ainda que as ações que estavam com a Gávea Investimentos, de Armínio Fraga, e representavam 7% do total, foram recompradas pelos demais sócios no ano passado. “Em 2007, colocamos 14% a disposição para venda. Mas o Icatu, que já era nosso sócio, quis ficar com a metade. De fato, o Gávea tinha 7% do ABC até o ano passado, quando recompramos estas ações. Todo fundo de private equity – e o Kinea não é diferente – tem um prazo para sair do negócio. Depois ocorre o desinvestimento. O fundo administrado pelo Gávea que tinha ações do ABC era grande, de US$ 1,5 bilhão. Para o porte deste fundo, que também tinha participações em outras empresas, como a T4F, os 7% do ABC eram pouca coisa e dificilmente interessariam a outro investidor que já não estivesse aqui. Os compradores naturais éramos nós, os atuais acionistas”, detalha.
Segundo Valente, o Kinea não irá participar da gestão cotidiana do ABC, mas terá assento no conselho de acionistas. “Não haverá interferência na gestão do dia a dia. Mas devemos ter reuniões mais intensas, para definir estratégias, execução dos projetos e processo de expansão”, frisa.
Este é o quarto investimento realizado pelo fundo, que nos seus cinco anos de atuação comprou participações no grupo de ensino de idiomas e cursos profissionalizantes Multi (dono das redes Wizard, Yázigi, Skill e Microlins), na locadora de veículos Unidas e no grupo de medicina diagnóstica Delfin, atuante no Nordeste.
Leia Mais: http://www.meioemensagem.com.br/home/comunicacao/noticias/2013/04/05/Apos-aporte-do-Kinea-ABC-ira-as-compras#ixzz2PciBmR60
Follow us: @meioemensagem on Twitter | Meioemensagem on Facebook
Nenhum comentário:
Postar um comentário