HÁ 55 ANOS MORRIA VARGAS, MITO POLÍTICO DO BRASIL NO SÉCULO XX

---

07:40:47

Já não se comemora, mas se registra, hoje o 55º aniversário da morte de Getúlio Vargas, o maior político brasileiro do século XX que se suicidou em seu quarto, no Palácio do Catete, em 24 de agosto de 1954. Getúlio enfrentava uma forte crise política comandada pela UDN, liderada por Carlos Lacerda, "o Corvo", como era chamado e, também, pela "Tribuna de Imprensa", de Lacerda, que acusava o presidente de corrupção. Concluia o seu terceiro governo. No auge da crise, a sua guarda particular, comandada por Gregório Fortunato, seu segurança conhecido como O Anjo Negro, detonou a crise final de Getúlio. Num atentado à vida no episódio conhecido como da Rua dos Toneleiros. Conseguiu apenas ferir Lacerda, com um tiro no pé, mas matou seu acompanhante, o Major Vaz, da Aeronáutica. O governo ficou insustentável. As Forças Armadas pediram a renúncia de Vargas para não depô-lo e ele preferiu desferir um tiro no peito, suicidando-se e deixando uma polêmica Carta Testamento na qual dizia que “deixava a vida para entrar na História”. Getulio Dornellas Vargas nasceu em São Borja, Rio Grande do Sul, em 1882. Em 1930, golpeou, derrubando o presidente Washington Luís, detonando a Revolução de 30. Assumiu o poder. Em 32 enfrentou a revolução constitucionalista de S. Paulo e editou a Constituição de 34, ocupando legalmente a presidência da República. Deveria sair em 1938 mas, em novembro de 37, golpeu novamente e criou o Estado Novo, uma ditadura, que iria ter fim em 1946, após a Segunda Guerra Mundial, quando foi editada a nova Constituição. Getúlio voltou ao poder, pelo voto popular, em 1950. Denominou-se, a si próprio, de “Pai dos Pobres”. Transformou-se em lenda para os trabalhadores criando o salário mínimo, a CLT, e bases do desenvolvimento com a Companhia Siderúrgica Nacional e a Petrobrás, depois de empolgar o País com a campanha “ O Petróleo é Nosso”. Getúlio fundou o PTB, o PSD, criou o sistema pluripartidário, a Era Vargas, tronou-o grande vulto da política brasileira no século XX. Até hoje tem seguidores.

(Samuel Celestino, do Bahia Notícias)