No Tabuleiro, o Blog do Afonso Dantas
Um blog leve, solto, bem humorado, mas às vezes contundente, com informações sérias, informações nem tão sérias assim e tudo mais que der na cabeça desse blogueiro, postar.
terça-feira, 19 de novembro de 2024
quarta-feira, 13 de novembro de 2024
Mineirice explícita
Ainda eram confusas as informações sobre o golpe militar quando, naquele 31 de
março de 1964, o lendário José Maria Alkmin encontrou Benedito Valadares no
aeroporto da Pampulha, em Belo Horizonte. “Vai para onde, Alkmin?” – perguntou.
Ele respondeu que iria pra Brasília. Valadares fez que acreditou: “Ah, sei.”
Benedito abraçou então Olavo Drummond, que assistia a conversa, e cochichou:
“Ele diz que vai para Brasília para eu pensar que ele vai pro Rio. Mas ele vai é
para Brasília mesmo...”
Do Poder sem pudor. Da Coluna do Cláudio Humberto. Do Diário do Poder
segunda-feira, 11 de novembro de 2024
Havan, um sucesso
Luciano Hang, o “veio da Havan”, é só alegria. Seu grupo cresceu 26,3% no terceiro trimestre deste ano. Nos nove primeiros meses de 2024, a receita operacional bruta da Havan superou os R$11 bilhões.
Da Coluna do Cláudio Humberto, do Diário do poder.
Ativismo não cessa
A parcela lacradora da mídia brasileira se refere ao criminoso executado por seus desafetos do “PCC” como “empresário”. É uma forma sutil dessa gente desqualificar e até criminalizar quem empreende no Brasil.
Da Coluna do Cláudio Humberto, do Diário do Poder
sábado, 2 de novembro de 2024
O ‘jeitinho’ brasileiro lá fora
O governador de extrema-esquerda da California, EUA, baixou lei dizendo que o furto de produtos abaixo de 950 dolares não é mais crime. Isso, óbvio, gerou onda de roubos, à luz do dia, sem que a polícia possa prender. Quebrou centenas de pequenos negócios e afastou os grandes. Mas um lojista achou a solução. Etiquetou todos os produtos em 951 dólares e um desconto especial é dado no caixa (descendo para o preço real). Os roubos cessaram.
Da coluna do Cláudio Humberto, do Diário do poder.
quinta-feira, 31 de outubro de 2024
Notícias do autoritarismo
Assim como em outras ditaduras disfarçadas, na Rússia foi a vez de o Google ser multado. A multa, impagável, ultrapassou US$2,5 decilhões. Em reais, seriam R$14.421.491.892.250.000.000.000.000.000.000.000. Tudo porque o Youtube bloqueou canais do regime de Vladmir Putin.
Da Coluna do Cláudio Humberto, do Diário do Poder
O PSDB está vivo, pelo bem da democracia!
O PSDB está vivo, pelo bem da democracia! Confira artigo do presidente do PSDB, Marconi Perillo, publicado na Folha de S.Paulo. Trata-se de uma resposta ao artigo “Eleição de 2024 foi a última pá de cal no enterro do PSDB” da colunista Camila Rocha, desse mesmo jornal. Seguimos relevantes, responsáveis e seguindo nossos ideais!
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Artigo – FOLHA DE S.PAULO
O PSDB está vivo, pelo bem da democracia
Vamos provar que declararam nossa morte cedo demais
Marconi Perillo
Ex-governador de Goiás (1999-2006 e 2011-18), é presidente nacional do PSDB
O PSDB errou. Falamos disso faz tempo. O PSDB errou ao não lançar candidato a presidente da República em 2022. O PSDB diminuiu de tamanho. A matemática é inexorável. Temos 13 deputados federais, já tivemos quase 100. O PSDB que já governou o Brasil por oito anos, o estado de São Paulo por 28 anos, administrou 18 estados em momentos diferentes, hoje tem três governadores.
Não podemos esconder a verdade. Temos hoje menos deputados do que já tivemos, contamos com apenas um senador e encerramos a eleição de 2024 com 273 prefeitos eleitos em todo o Brasil, nenhum em capital. Mas o que nos espanta é a quantidade de vezes que tentam nos enterrar vivos. Sim, mais vivos do que nunca.
A colunista Camila Rocha, nesta Folha, decretou nosso fim com seu artigo “Eleição de 2024 foi a última pá de cal no enterro do PSDB”. Não foi a primeira a anunciar nosso enterro, provavelmente não será a última, mas entendemos que todo mundo tem direito à opinião, assim como todos têm direito a ter saudades do PSDB na vanguarda política brasileira, mantendo a disputa no campo das ideias, com propostas sérias e sempre respeitando quem pensa diferente.
Agora, ninguém decretou o fim do PT, que lançou mais candidatos e elegeu menos prefeitos que o PSDB nesta eleição, mesmo com um fundo eleitoral imensamente maior e o presidente da República. Ninguém decretou o fim do PSOL, que não elegeu nenhum prefeito.
O Brasil é maior que São Paulo, onde, diga-se, elegemos cinco vezes mais prefeitos que o PT. Em Mato Grosso do Sul, elegemos prefeitos em mais de 50% dos municípios. Em Pernambuco, somos o maior partido em número de prefeituras. Crescemos também no Rio Grande do Sul. São três estados que o PSDB governa. Isso ajuda a explicar o que estamos falando também faz tempo: o governador tem um papel imenso na eleição dos prefeitos, muito maior do que o presidente da República, por exemplo.
A explicação de boa parte da queda no número de prefeituras administradas pelo PSDB é a perda do governo de São Paulo, algo que também pode ser parcialmente explicado por não termos lançado candidato a presidente. Além disso, Minas Gerais, sob a liderança de Aécio Neves e Paulo Abi-Ackel, foi o estado em que elegemos o maior número de prefeitos, e nos aliamos ao prefeito reeleito da capital ainda no primeiro turno.
Estamos lutando para nos reconstruir. Reconstrução é um termo forte, mas verdadeiro. Nossa força vem das boas ideias, do histórico de entregas que melhoraram a qualidade de vida da população e de nossa militância, que não para de apresentar líderes qualificados, jovens e cheios de energia e de boas ideias.
Eduardo Leite, nosso pré-candidato a presidente da República, é o primeiro governador eleito duas vezes no Rio Grande do Sul e enfrentou com resiliência e coragem o maior desastre ambiental da história do estado. Raquel Lyra enfrenta enormes dificuldades em Pernambuco, mas tem comprovado sua liderança e sua capacidade de gestão, tanto que o PSDB é o partido com mais prefeituras eleitas no Estado. Eduardo Riedel tem dado seguimento às excelentes gestões de Reinaldo Azambuja em Mato Grosso do Sul, onde elegemos mais de metade dos prefeitos.
Para 2026, temos a meta de eleger deputados federais em todos os estados e lançar ao menos dez candidatos fortes a governador. Vamos apresentar o melhor candidato a presidente e as melhores propostas para o Brasil. E vamos provar que declararam nossa morte cedo demais.
O original 🔗 – https://www1.folha.uol.com.br/poder/2024/10/o-psdb-esta-vivo-pelo-bem-da-democracia.shtml
segunda-feira, 28 de outubro de 2024
Vaias inesquecíveis
No final dos anos 1970, Paulo Maluf chegou a uma festa no ginásio Ibirapuera, em São Paulo, acompanhado de Cláudio Lembo, candidato da Arena a senador. Foram recebidos com uma vaia inesquecível, totalmente dedicada a Maluf. No dia seguinte, ele ligou para o organizador da festa: “Que vaia, hein?” O homem estava constrangido: “Pois é, doutor Paulo, queria pedir desculpas. A gente não esperava...” Maluf cortou: “Não se incomode com isso, esse Lembo não tem mesmo prestígio nenhum. Se eu soubesse que era ruim de povo, não teria ido com ele.”
Do quadro "Poder sem pudor", da Coluna do Cláudio Humberto, do Diário do poder.
https://diariodopoder.com.br/coluna-claudio-humberto/pt-ambiciona-ministerio-enrolado-em-escandalo
sexta-feira, 25 de outubro de 2024
W/Gratidão
Afonso Dantas
Para nós, era uma espécie de guru, praticamente um mago, ou uma espécie de deus.
Um deus da criatividade. Um deus da propaganda. Assim era Washington Olivetto
para quem é de publicidade, a profissão que eu abracei, e que já foi a mais
glamourizada das profissões pelos jovens, inclusive com sua concorrência no
vestibular, sendo mais requisitada que a da tradicional medicina. Eu tive o
prazer de encontrá-lo e conversar com ele, em um festival de publicidade no Rio
de Janeiro, o Wave Festival, no ano de 2008, em um dos locais mais icônicos do
Rio, o Copacabana Palace. Chegamos para o inesquecível café da manhã na charmosa
varanda do Copa, com vista para a praia e para a bela paisagem do Rio, antes do
evento, e fui fazer meu prato, maravilhado com as delícias que o buffet exibia,
quando minha esposa Tiana, sentou-se à uma grande mesa e alguns minutos depois,
um senhor elegante, sentou-se, perguntando se tinha alguém ali. Ela disse que
ele poderia sentar e ela o reconheceu, mas conversou amigavelmente, sem
tietagem. Eu cheguei alguns minutos depois e, com uma mistura de surpresa e
admiração pela presença do ídolo da propaganda, fui cumprimentá-lo, sentei à
mesa e começamos a conversar sobre um assunto que não poderia ser outro em um
festival de propaganda: Futebol. Pois é. Não sei se por que, mas ao invés de
perguntar alguma coisa sobre propaganda ao mestre, perguntei: - E aí, e esse seu
Corinthians, hem? E ele desandou a falar do seu timão e eu também a falar do
meu, o Bahia (BBMP!), onde ele me passou várias ideias, do potencial que o Bahia
teria se fizesse algumas coisas que valorizassem sua origem e sobretudo sua
torcida. E papo vai, papo vem, acabei nem pedindo foto ou coisa parecida para
não o incomodar. Terminado o café, fomos todos para a palestra de nada mais,
nada menos do que do próprio. Uma palestra, para variar, muito bacana e
inspiradora. Olivetto era genial. Descrever sua obra, era descrever a história
contemporânea do Brasil, nas décadas de 70, 80, 90 e começo dos anos 2000. Suas
propagandas faziam parte das conversas e seus bordões faziam parte do nosso dia
a dia. E era mais que um publicitário, era um popstar. No modo de se vestir, no
modo de falar e até no modo de viver. Uma vida de causar inveja e desejo de
pertencer àquele mundo. E isso, em todo o mundo. E para mostrar seu
reconhecimento mundial, os únicos dois comerciais brasileiros que foram
incluídos na lista dos 100 maiores do mundo foram o “Primeiro sutiã” e “Hitler”,
todos os dois disponíveis na internet, junto com vários outros fantásticos e
inesquecíveis, como os estrelados pelo talentoso Carlos Moreno, o “Garoto
Bombril. Além disso, Olivetto entrou para o Hall da Fama da publicidade mundial,
único brasileiro a conseguir essa façanha, sem contar com a conquista de mais de
50 leões em Cannes, o maior prêmio de propaganda do mundo, dentre tantas outras
conquistas. Agora com a sua perda, parece até que perdemos um parente, como
também senti na perda do grande Duda Mendonça, pois cada trabalho em propaganda
que fazia, cada movimento da W/Brasil era acompanhado com afinco, principalmente
em um tempo onde a propaganda era mais recheada de ideias do que de métricas
(Cadê a criatividade?). Perdemos um gênio. Perdemos um artista, um artesão da
comunicação, que com seu talento moldou a propaganda e também alguns costumes do
brasileiro. Quase que enveredou para a indústria musical, mas mesmo assim acabou
influenciando muito a cena musical brasileira. (- Alô, alô, W/Brasil!). Foi-se o
gênio, mas fica o legado e o exemplo a ser seguido. E nossa gratidão por
compartilhar conosco sua criatividade. Que surjam outros Olivettos para
revolucionar o mundo com suas ideias. Viva a criatividade! Viva Washington
Olivetto!
Afonso Dantas é publicitário, sócio e diretor de criação da Camará
Comunicação Total, CEO da Lá ele! Camisas e Coisas, Especialista em Gestão
Cultural, membro da AGRAL, torcedor do Bahia e pai de Maria.
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