quarta-feira, 21 de setembro de 2022

STJ solta traficante alegando que posse de 311kg de cocaína não é ‘suficiente’ para prisão

Motorista confessou haver recebido R$50 mil para transportar a droga
Sede do STJ, em Brasília. Foto: Wikimedia Commons A Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) mandou soltar um réu preso na posse de 311 quilos de cocaína, revogando sua prisão preventiva, sob a alegação de que não havia motivos suficientes para manter o criminoso trancafiado. Preso em Goiás, o motorista de caminhão Brunno Gonçalves de Oliveira teve sua soltura determinada por habeas corpus. O documento é assinado pela ministra Laurita Vaz e Olindo Menezes, desembargador do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) convocado para atuar como ministro. Mas a decisão da Sexta Turma foi unânime.
Brunno Gonçalves de Oliveira confessou haver recebido R$50 mil para transportar a carga, demonstrando estar a serviço de uma quadrilha de traficando de drogas. Apesar disso, o criminoso teve sua prisão preventiva decretada pelo Tribunal de Justiça de Goiás, mas no habeas corpus o STF considera que não havia “fundamento” para mantê-lo sob custódia, na cadeia, apesar da espantosa quantidade de drogas em seu poder. “Não é suficiente” a prisão preventiva “baseada tão somente na quantidade de droga apreendida”, diz a espantosa soltura assinada pela ministra e o desembargador, “se não houver a demonstração de forma objetiva de que o paciente, primário, se dedique á prática criminosa”. “Sem embargo de a quantidade de droga apreendida ser expressiva, afirmam os magistrados no documento, “não se verifica nenhum outro elemento no caso concreto que justifique a prisão”. Dias atrás, a mesma Turma do STF mandou soltar um traficante que cumpria pena de 14 anos de prisão sob a alegação de que o Tribunal de Justiça do Ceará estava demorando a julgar uma alegação de sua defesa. Em vez de mandar o TJ julgar o caso sem demora, a Sexta Turma ordenou a soltura do criminoso. Do Diário do Poder

segunda-feira, 19 de setembro de 2022

Charge do Dorinho

Do Propmark

STF comanda a política até em tempo de eleição

O STF é o dono da pauta, “sanciona” leis ou as suspende, altera políticas públicas e suprime direitos constitucionais dos cidadãos. Foto: STF Cláudio Humberto O eixo do poder político cancelou o equilíbrio, simbolizado pela Praça dos Três Poderes, e se instalou no Supremo Tribunal Federal (STF). Em pleno período eleitoral, quase não se fala em políticos, parlamentares e governantes, estes sim, legitimados pelo voto. O STF é o dono da pauta, com decisões escolhidas para ocupar as manchetes e reiterar o poder de mando e até decidir a exceção. O STF “sanciona” leis ou as suspende, altera políticas públicas e suprime direitos constitucionais dos cidadãos. Fique na sua Com sua elite dependurada em inquéritos nunca julgados, o Congresso silencia, até avaliza, decisões que neutralizam suas prerrogativas. Fique na sua II O chefe do Executivo reclama, mas está imobilizado pela “espada de Dâmocles” do STF, por meio de uma avalanche de ações e inquéritos. Supremacia togada A cada interferência, o STF cristaliza algo que a Constituição não prevê: sua supremacia em relação aos outros poderes. Esquerda caviar Preguiça das elites pensantes acaba “legitimando” superpoderes do STF e o abandono, pela imprensa, do dever do senso crítico, não previstos. da Coluna do Cláudio Humberto, do Diário do Poder

O Metaverso

Por Afonso Dantas “O Metaverso vem aí”, “Empresa X acaba de entrar no Metaverso”, “O Metaverso tem futuro?” Já faz algum tempo que as notícias sobre o Metaverso pululam na mídia, principalmente na internet e de modo um pouco confuso, nas redes sociais. Afinal, o que é Metaverso e qual seu impacto em nossas vidas? Vamos lá! Pra início de conversa, o Metaverso é ainda uma incógnita, um novo mundo, ainda em formação, do qual muitos falam, mas que poucos ainda têm a real noção do que ele possa ser de fato. Alguns o imaginam como um jogo, um local onde você vai passar um tempo, usando alguns equipamentos como um visor e fones, e logo voltará para vida real. Outros o imaginam como no filme “Matrix”, onde ao você escolher a pílula vermelha ou a pílula azul, você escolherá entre esse mundo real e o mundo virtual. Mas afinal, quem tem razão? A resposta pode ser surpreendente, pois todos podem ter razão e vou tentar explicar o porquê, pois eu admito que ainda tenho muitos questionamentos sobre esse novo mundo e com certeza esses questionamentos aumentarão com o tempo. Pensemos na vida como ela é, hoje. Você acorda, olha pro espelho, vê quem você é, ou seja, um humano, e vai fazer suas coisas. Vai trabalhar, namorar, estudar, praticar esportes, fazer compras, passear, ler um livro ou ficar horas na frente de um computador ou teclando um celular. Você faz isso em um mundo real, mesmo na hora do computador e/ou celular. No Metaverso, segundo alguns, a coisa já começa a mudar na forma em que você se vê – e que outros que estarão lá, o verão também. Você pode ser homem e lá ser uma mulher, ou um camelo, um coelho, um lagarto, um peixe, um dinossauro louro. Lá você pode ser o que você quiser. Pode ser, por exemplo, um elefante verde, que voa. Mas não para por aí, você vai fazer as coisas como você faz aqui, lá no Metaverso. Vai trabalhar – lá. Vai estudar, passear, namorar e fazer outras atividades, lá também. Mas como? Vou colocar o visor e vou fazer essas coisas lá ao invés de fazê-las aqui? Mas a experiência será a mesma? As sensações serão as mesmas? Aí é que a coisa começa a mudar de figura. Com as novas tecnologias, o 5G, por exemplo, que é a internet das coisas, podemos imaginar que teremos a internet “das pessoas”. E já se fala no 6G. E como será isso? A primeira coisa que mudará, será o fim da necessidade de se usar equipamentos para acessar o Metaverso. Nada de celular, nada de visor, nada de coisas que lembrem que você precisa “ter” alguma para acessar o Metaverso. Você terá equipamentos, mas serão implantes de chips ou nanotecnologia dentro do corpo (olhos, cérebro, músculo, pele etc.) que farão você “ser” um equipamento para acessar o Metaverso. E aí, a evolução dos gráficos, que farão o ambiente do Metaverso parar de parecer um videogame para se parecer com a vida real com todas as suas experiências que virão do virtual para parecerem reais com seus cinco sentidos, visão, audição, olfato, tato e paladar. Aí, se criará realmente um novo mundo. Temos uma superfície terrestre com uma dimensão muito grande, mas pense que esse espaço poderá ser multiplicado no Metaverso, e teremos mais espaço para andar, viajar, construir e até morar. Já pensou em morar em Marte, Urano, no Sol ou no fundo do mar? E já começaremos a ter existências plenas nesse novo mundo, e nossa consciência estará nesse espaço, tendo ou não a capacidade de distinguir se está na vida real ou no Metaverso que também acabará sendo uma vida real. E aí já começam outras questões, muitas bastante polêmicas e delicadas. Se a consciência poderá ser “transportada” de um ambiente real para um ambiente virtual, e a consciência de quem está morrendo? Já se fala nisso, que ao invés de morrer, faremos um upload de sua consciência para o Metaverso, e você, mesmo morrendo na vida real, viverá nesse novo mundo. (Já tem uma série na Netflix, UPLOAD, que é sobre isso, e existe outro, mais de aventura, juvenil, que é o “Jogador número 1”, que mostra uma alternância entre o mundo real e virtual. E ainda tem o badalado filme “AVATAR”, dentre muitos outros exemplos de filmes que exploram essas possibilidades futurísticas.). Aí já teremos questões filosóficas, religiosas e até jurídicas, pois se a consciência está ativa e no Metaverso é preciso ter renda, a herança do corpo ficará com os herdeiros ou o “novo ser” o levará com ele? E se ele se casar nesse universo paralelo, valerá para a vida real? E se a consciência se rebelar contra “o dono” e resolver eliminá-lo na vida real? Se ela “criar vida” independente por algum erro no sistema como um “bug” ou um vírus ou até interferência de hackers? E se a pessoa tiver algum tipo de esquizofrenia e esse ambiente for perfeito para abrigar essas novas personalidades? E se minha vida for melhor na vida virtual do que na real e eu resolver ficar “de vez”? E pensando nas questões religiosas, a alma é uma coisa e a consciência é outra? A imortalidade será alcançada com a tecnologia? O corpo acabará e a consciência continuará? A tecnologia – Pensando no futuro, nas possibilidades que poderão existir – proporcionará que o corpo do mundo real receba alimentação, líquidos e que faça suas necessidades, sem que tenha que sair do Metaverso. Para isso existirão cabos, tubos, aparelhos etc. (Lembram de Matrix, do corpo com vários tubos conectados?). Será que isso é possível? Não sei. Mas será que isso é impossível? Tem muita coisa que era impossível até a tecnologia mostrar que não era. Um vento (ou um carinho) que o avatar virtual receberá no Metaverso será sentido pelo corpo real, físico. (Pra quem não sabe, avatar no caso do Metaverso, é o seu “eu” virtual, quem você será no Metaverso). Um tetraplégico na vida real poderá ser um triatleta no Metaverso, porque não? E a economia? Os países ou reinos ou o que for existir no Metaverso? As configurações atuais, como União Européia, ONU, OPEP, OTAN e outras organizações existirão dessa maneira? Quem os controlará? E as empresas como a META (antigo Facebook), Twitter e Google, terão poder de países? Poderão criar leis próprias? O “cancelamento” que existe hoje nas redes sociais, poderá ser feito no Metaverso, simplesmente deletando a pessoa virtual? E vamos continuar? Se existe crime no mundo real, é claro que existirá no Metaverso também. E as guerras? As intolerâncias? Serão levadas junto? Pedofilia, racismo, estelionato, tráfico de drogas virtuais (Sim, essas drogas poderão existir), sequestro de avatares, assassinato, chantagem e todo tipo de coisa ilegal que possa existir e as que ainda poderão ser criadas. E se for criado um “deep Metaverso”, assim como já existe uma “deep web”, onde todo tipo de gente frequenta, às vezes com as piores das intenções? Lembro aqui que no Metaverso há economia e que os recursos adquiridos em um universo, poderão ser usado para gastos no outro. E com tudo isso, uma das perguntas que pode ser feita é: - E por que eu iria para esse tal Metaverso? As motivações são diversas, desde fazer negócios (Isso já está acontecendo e em grande velocidade, se sua empresa ainda não está lá, pense que a concorrente poderá estar), buscar diversão (imagine ir ao Rock in Rio e assistir ao show como se estivesse na plateia, ou mesmo como se estivesse na banda?) e até nas possibilidades de ser lá o único ambiente onde você possa se sentir à vontade ou que possa realizar coisas que não conseguiria no mundo real. Quer ver um exemplo? Adolescentes e adultos que já vivem isolados em casa (Seriam os novos náufragos?) e que se sentem à vontade nos ambientes virtuais, seja por causa da timidez, ou por não se enquadrarem no “mundo real” ou por se sentirem inseguros por causa das suas aparências em um mundo que faz pressão para que se siga os padrões estéticos. No Metaverso, como já escrevi, ele ou ela pode ser o que quiser, literalmente. Pense nas já programadas viagens espaciais que levarão anos, onde os tripulantes fiquem em hibernação, que tal viverem esse tempo em universos virtuais onde estarão (conscientemente ou não) vivendo suas vidas normalmente. Outro motivo que pode te levar ao Metaverso será o financeiro, onde uma empresa poderá ter preços e serviços diferenciados no Metaverso, como já ocorre hoje nas lojas virtuais que têm preços mais em conta dos que nas lojas físicas, mesmo sendo da mesma empresa. (E já pensou nas experiência que seriam possíveis, como um test drive de um carro, uma moto ou de uma lancha com sensações reais?) Então são vários motivos para estar no Metaverso, desde conhecer um novo mundo e suas possibilidades até de mudar a forma de se viver a vida, com várias possibilidades que acontecerão ou não, de acordo com o avanço da tecnologia. Mas que o futuro chegará e o novo sempre virá junto, disso não tenho dúvida. E o Metaverso está chegando, Prepare-se para ele. Pode parecer até assustador, mas ele não será só um jogo ou um lugar, ele poderá ser a sua próxima vida. Ou não. Esperamos que seja opcional. Afonso Dantas é publicitário, administrador de empresas, especialista em marketing e em gestão cultural, sócio e diretor de criação da Camará Comunicação Total e sócio criativo da Lá ele! Camisas e coisas Publicado originalmente no Pimenta.blog https://pimenta.blog.br/2022/09/16/o-metaverso/

Banqueiro metido

Bem-vestido, falante e de conversa fácil, Zé do Pé era figura requisitada na boemia paulistana. Certa vez, estava com amigos no restaurante Paddock quando seguiu o banqueiro Walther Moreira Salles até o toalete: “O senhor não me conhece, me chamo Zé do Pé, e preciso desesperadamente de um favor, coisa pequena.” Homem educado, o ex-embaixador aquiesceu. Zé do Pé explicou: “Estou ali fazendo uns negócios que não posso perder. Preciso que o senhor, ao passar pela mesa, me cumprimente, mande um alô”. E ainda reforçou: “O senhor não sabe como isso é importante”. Moreira Salles achou aquilo divertido e cumpriu o trato, minutos depois. Passou pela mesa e acenou: “Boa tarde, Zé!” O sujeitinho fez a maior cara de desdém, sem dar a menor confiança: “Não enche, Walther!”. E voltou a conversar com os amigos. Do quadro Poder sem pudor, da Coluna do Cláudio Humberto, do Diário do Poder https://diariodopoder.com.br/coluna-claudio-humberto/stf-comanda-a-politica-ate-em-tempo-de-eleicao

sexta-feira, 16 de setembro de 2022

Por que mais de 800 marcas poderão deixar de usar o brasão da família real britânica nos rótulos

Por propmark
Entre as marcas estão a Heinz, Twinings, Schweppes e a pimenta Tabasco A morte da Rainha Elizabeth II no último dia 8, para além de toda a comoção mundial, traz um fato curioso. Cerca de 875 marcas devem deixar de usar o brasão da coroa britânica em seus rótulos, atributo que é conquistado quando comprovam que os seus produtos são consumidos pela realeza. Entre as marcas, estão a Heinz, Twinings, Schweppes e a pimenta Tabasco. Para usar os símbolos reais, as empresas têm que obter "Royal Warrants", documento que agora é anulado com a morte da monarca. De acordo com a Royal Warrant Holders Association, as companhias podem usar os elementos da monarquia por até dois anos, desde que não haja mudança significativa na empresa em questão. "A Casa Real revisará as concessões de mandados após uma mudança de soberano reinante", explica. No reinado de Elizabeth II, as armas da coroa eram representada pelo leão da Inglaterra, o unicórnio da Escócia e um escudo dividido em quatro quartos, acompanhado pelas palavras "por compromisso para Sua Majestade, a Rainha". Com a ascensão de um novo, o Charles III, filho da rainha da Elizabeth, a monarquia britânica terá novos símbolos, que ainda devem ser definidos. Até então, a decisão sobre dar ou não o "Royal Warrants" para a empresa era da rainha e então príncipe. Agora, a expectativa é de que, além do monarca, a rainha consorte Camilla Parker Bowles também assinem os títulos às marcas. Especula-se ainda que rei conceda também ao príncipe William a capacidade de emitir seus próprios títulos. O Royal Warrant é concedido por até cinco anos e pode ser revisto para renovação um ano antes ao seu vencimento. De acordo com a associação , são concedidos entre 20 e 40 mandados - número semelhante é cancelado a cada ano.

quinta-feira, 15 de setembro de 2022

Algodão colorido

O deputado Adail Barreto (CE) voltou da União Soviética maravilhado com uma plantação de algodão colorido que visitara. Contou a novidade aos trabalhadores de sua fazenda, em Iguatu, no Cariri. Um deles ouvia a conversa enquanto pitava o cigarro de palha. E desdenhou: “Algodão colorido, doutor? Não acredito.” O deputado garantiu. “Pois eu vi.” O homem concluiu: “Então eles adubaram a terra com esterco de pavão...” a seção Poder sem Pudor da Coluna de Cláudio Humberto do Diário do Poder

quarta-feira, 14 de setembro de 2022

Falta credibilidade

Weverton Rocha (PDT) foi à forra com o “falecido” Ibope, que hoje se chama Ipec, ao divulgar a pesquisa para o Senado no Maranhão em agosto de 2018. Ele aparecia em 5º com 11%, acabou eleito com 35%. Lorota em números O Ipec (ex-Ibope) indicou que 37% dos brasileiros se identificam com a direita, 35% com o centro e 26%, a esquerda. Ainda assim: Bolsonaro teria 31% e Lula 46%, segundo a pesquisa eleitoral do mesmo instituto. da Coluna do Cláudio Humberto, do Diário do Poder https://diariodopoder.com.br/coluna-claudio-humberto/se-reeleito-bolsonaro-so-tera-adversarios-chefiando-o-stf

censura confirmada

TSE veta imagens que assustaram opositores de Bolsonaro no 7 de Setembro É como se o presidente não pudesse ter aparecido como tal, no evento Jair Bolsonaro falando a uma multidão inédita, na praia de Copacabana, no 7 de Setembro. As imagens de multidões concentradas para ouvir o presidente Jair Bolsonaro (PL) não incomodaram apenas os partidos de oposição, que parecem ter ficados assustados com a demonstração de força política do candidato à reeleição, mas também dos seus opositores em outras áreas. Nesta terça (13) à noite, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) manteve por unanimidade a decisão do ministro Benedito Gonçalves de vetar o uso de imagens das celebrações do 7 de setembro na propaganda eleitoral do candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL). A decisão do TSE, que os bolsonaristas consideraram “abusiva”, é inédita. Só para lembrar os casos mais recentes, tanto Lula quanto sua sucessora Dilma Rousseff (PT) eram presidentes e candidatos à reeleição, quando participaram dos eventos de 7 de Setembro e nem por isso foram proibidos pela Justiça Eleitoral de mostrar suas imagens, tampouco a estatal de comunicação foi obrigada a “remover” o conteúdo. O ministro relator se impressionou com o número de pessoas que viram as imagens nos canais da TV Brasil, inclusive na internet, que, segundo ele, acumulou quase 400 mil visualizações. Por isso determinou a “remoção” do trecho do vídeo que mostrava o presidente. A alegação para a censura é que as imagens, mostrando fatos, poderiam “ferir a isonomia entre candidatos e candidatas da eleição presidencial”, como se o atual presidente não pudesse aparecer como tal, no exercício do cargo e liderando as comemorações do Bicentenário da Independência. A decisão do ministro foi proferida no sábado (10) e motivada por uma ação da campanha de Lula (PT), que alegou “abuso de poder político e econômico” e “uso indevido dos meios de comunicação”, que na verdade apenas fizeram cobertura jornalística dos fatos. do Diário do Poder

terça-feira, 13 de setembro de 2022

Uma multidão recorde se concentrou no canteiro central da Esplanada para ouvir Bolsonaro - Foto: TV Brasil. Imagens de multidão do dia 7 não estão proibidas A decisão do ministro Benedito Gonçalves não proíbe a utilização de imagens de multidão nos comícios de Jair Bolsonaro (PL) em Brasília ou no Rio. Isso fica claro na leitura das 15 páginas da decisão do corregedor do TSE. O PT pediu proibição total, mas foi atendido parcialmente, apenas. Gonçalves vetou exatos 8 minutos de imagens do evento oficial, 6 deles do presidente, e proibiu a TV Brasil de cedê-las para divulgação. Censura do susto As manifestações do Dia 7, que levaram milhões às ruas em todo o País, assustaram a oposição a Bolsonaro, daí a tentativa de proibição total. Não é fake? Apesar da lorota, o TSE não dá tratamento de “desinformação” ou “fake news” às manchetes que ignoraram a decisão tal como foi adotada. Assim é que se faz O TSE também não chamou de “fake news” manchetes sobre “apuração paralela” de votos por militares. Preferiu nota de desmentido. da Coluna de Cláudio Humberto, do Diário do Poder https://diariodopoder.com.br/coluna-claudio-humberto/moraes-libera-ate-8-viagens-por-mes-para-auxiliar

segunda-feira, 12 de setembro de 2022

Pensando bem... ...crime prescrito ainda assim é crime.

Você decide

A partir desta segunda (12), faltam exatos 20 dias para a eleição deste ano. A depender do instituto, a corrida presidencial está apertada e indefinida, ou já tem um vencedor claro até mesmo no primeiro turno. da Coluna do Cláudio Humberto do Diário do Poder

Caso Witzel

A três dias da eleição no governo do Rio, em 2018, o Datafolha garantia que Wilson Witzel era o quinto colocado na disputa, atrás inclusive de brancos e nulos, empatado com o candidato do Psol. Ele venceu o 1º turno com 41%. da Coluna do Cláudio Humberto do Diário do Poder

Golpistas do WhatsApp

Percival Puggina
Os golpistas do WhatsApp agem há muitos anos com total liberdade, a ponto de a plataforma se transformar no novo espaço de nossas cautelas e receios. Roubos de contas e de identidade, achaques a amigos de grupos, “narrativas” de sequestros de parentes, o diabo. Não sei se qualquer desses casos saiu do balcão da delegacia para a mesa de um promotor e foi desembocar no gabinete de um juiz. Mas sei que se por lá chegou, “não deu nada”. Esses patifes só incomodam a sociedade – quem por ela nessas horas? – e estão sob salvaguarda de uma legislação penal que se tem por virtuosa e moralmente superior à sociedade. Nesta, com seus anseios por encarceramentos e segurança, vivem as repreensíveis vítimas da bandidagem. Agora, os “golpistas do WhatsApp” são respeitados homens de empresa, cuja periculosidade, a olhos policiais, senatoriais e judiciais, se agrava com a potencialidade de seus recursos financeiros. Aprendeu essa, leitor amigo? Marx já advertia sobre os “perigos” do capitalismo. O marxismo, claro, levou miséria e morte a centenas de milhões de lares e coube ao capitalismo resolver a encrenca, mas isso não é coisa que se diga contra acusações tão severas. Severíssimas. Eu li toda a decisão. Foi como viajar com Aladdin no seu tapete mágico observando o movimento de fantasmas nas esquinas digitais. Foram 15 minutos que valeram mais 15 de insônia porque entre hipóteses, possibilidades e probabilidades, ilações, insinuações, presunções, indícios e mal fixados pontos de vista, nada vi que não se dissolvesse no ar. Sólido, mesmo, é o perigo que o ministro percebe em cada conservador e apoiador do atual governo. Somos tratados como não pessoas de uma não sociedade. Ela sequer é percebida pelos que dizem defender a democracia e o estado de direito. Pois sirvam-me isso e liberdade que estarei bem servido! Mas não me venham quebrando inocentes ovos de primeira para fazer omelete de terceira, porque o que está posto à mesa não guarda mais qualquer semelhança com o que diz o cardápio constitucional. Abro jornal e levo um golpe por dia. Percival Puggina, membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site Liberais e Conservadores (www.puggina.org), colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil. Integrante do grupo Pensar+. Do Diário do Poder https://diariodopoder.com.br/opiniao/golpistas-do-whatsapp

domingo, 11 de setembro de 2022

Pode confiar?

Tinha 95% de “nível de confiança” o Datafolha de 19 de setembro de 2014, a duas semanas da votação, que apontava um segundo turno entre Dilma (PT) e Marina Silva (então no PSB): 37% a 30%. Deu no que deu. da Coluna de Cláudio Humberto, do Diário do Poder

A falta da educação antiga

A jornalista Basília Rodrigues, a "Dilma" da CNN, volta a atacar. Desta vez ela afirmou que na bandeira do Brasil está escrito "independência ou morte". Em outra ocasião declarou que Chile e Equador "não fazem parte da América do Sul". Quando criticada, alegou que foi "racismo" e não crítica por burrice espetacular. Pois é. da coluna de Marcel Leal, do Jornal A Região.

quinta-feira, 8 de setembro de 2022

Mentira, não

O comício de Leonel Brizola atraiu uma multidão em Cruz Alta (RS). “De 10 a 12 mil pessoas”, exultou da janela da prefeitura o dr. Schmidt, médico e prefeito da cidade. Mas, de repente, naquela época pré-celular, ouviu uma jovem repórter ao telefone: “...um fracasso, no máximo 1.500 pessoas”. Ele não se agüentou: “Não faça isso, a senhora está mentindo. Tem várias vezes mais pessoas.” Ela se aborreceu: “A notícia é minha, mando a que quero.” Ele reagiu de bate-pronto: “Pois o telefone é meu” – disse ele, arrancando-lhe o aparelho das mãos – “e nele você não manda mentira.” Quadro Poder sem pudor, da coluna do Cláudio Humberto, no Diário do Poder Nota do blog: Não é de hoje que a imprensa cuida mais da versão do do fato.

Fato relevante

O apoio do prefeito do PSB de Guarulhos pode representar um ponto de inflexão da candidatura à reeleição do governador de São Paulo, Rodrigo Garcia. Gutti dirige o segundo maior colégio eleitoral do Estado. da coluna do Cláudio Humberto, do Diário do Poder

100 anos do rádio: desafios e tendências para o futuro

Emissoras apostam em estratégia multiplataforma para aumentar sua participação nos investimentos dos anunciantes e apostam em futuro para além das telas Taís Farias No Brasil, o dia 7 de setembro é marcado pelo feriado da Independência. No entanto, também é nessa data em que se comemora o aniversário do rádio, que em 1922 fez sua estreia no País, com a transmissão do discurso do então presidente Epitácio Pessoa. Os dados mostram que o rádio chega aos cem anos fazendo parte do dia a dia das pessoas.
Os âncoras da BandNews FM, Carla Bigatto, Sheila Magalhães e Luiz Megale, no estúdio da emissora em São Paulo (Crédito: Renato Pizzutto) Em setembro do ano passado, o estudo Inside Radio 2021, da Kantar Ibope Media, pesquisou 13 regiões metropolitanas e apontou que 80% dos brasileiros consomem rádio. O número representa um aumento de dois pontos percentuais, na comparação com o ano anterior. Em média, cada ouvinte passaria 4 horas e 26 minutos conectados com o meio. Tradição e inovação: a dicotomia do esporte no rádio Sobre o perfil desses consumidores, a pesquisa mostrou que 52% são mulheres e 48% homens. As pessoas da classe C lideram o consumo dessa mídia, com 43% do total. No entanto, são seguidas pelas classes A e B com 40%. Com relação a idade, o maior número de ouvintes tem mais de 60 anos (21%), na sequência aparecem os públicos de 30 a 39 anos (20%) e de 40 a 49 anos (19%). Já na rádio web, emissoras que fazem sua transmissão via internet, o público muda. 57% têm entre 20 e 39 anos. Se no tocante ao consumo as flutuações são visíveis, quando o assunto é a fatia que o rádio abocanha nos investimentos de mídia dos anunciantes o tom é de estabilidade. De acordo com dados do Cenp-Meios, se em 2020 o rádio representava 4,2% do total de investimento em mídia, no ano passado, a taxa caiu para 3,1%. Na comparação, o meio está à frente do cinema, das revistas e dos jornais. Porém, perde para o out-of-home, a TV paga, a internet e a TV aberta. Estratégia das emissoras de rádio para crescer Nesse sentido, como as emissoras enxergam o desafio de fazer o share do rádio crescer? Uma das apostas do setor é de que, com a ida para novas plataformas e o posicionamento como provedor de conteúdo, os anunciantes também possam a transitar entre os meios. Mais do que a mera exposição de marca, é possível pensar em soluções personalizadas, como o branded content Rádio nas estradas: CCR FM amplia modelo de negócio com publicidade “O rádio ganha possibilidades com seu desdobramento multiplataformas, onde um conteúdo ao vivo pode ser reaproveitado e reempacotado para distribuição nos streamings. Rádios com transmissão simultânea das imagens dos estúdios ganham interesse. Essa mescla entre formatos e mídias apontam caminhos onde se abrem possibilidades de investimentos”, explica Bia Ambrogi, presidente da Associação Brasileira das Produtoras de Som. Essa conexão com outros formatos ajudaria o rádio a conquistar uma fatia maior dos investimentos. “Parte da verba publicitária, antes considerada web, na verdade volta para o produtor de conteúdo de áudio, uma vez que ele adota esse canal de distribuição”, ilustra o diretor superintendente do Sistema Verdes Mares, Ruy do Ceará. Rodrigo Neves, presidente da Associação das Emissoras Rádio e Televisão do Estado de São Paulo, cita o exemplo de outros países da América Latina, em que o share do rádio chega a até 16% do investimento em mídia dos anunciantes. Tendências para o futuro do rádio Nesse contexto, quando pensam em tendências, as emissoras apostam no áudio como uma alternativa ao excesso de telas. “As pessoas estão ficando saturadas e procurando maneiras de fugir desses espaços que impulsionam sintomas psíquicos, como a ansiedade e depressão. O rádio vai ser um refúgio para evitarmos as inúmeras notificações de um celular”, defende o gerente comercial da Gazeta FM, Nilson Bezerra. A facilidade de entrar na rotina das pessoas, já que não existe concentração exclusiva, também é uma aposta. Em paralelo, cresce o uso de smart speakers e outras ferramentas controladas por áudio. “Ninguém tem domínio da voz como o rádio”, opina o presidente da Aesp. Podcasts de true crime viram produções audiovisuais e livros De acordo com os executivos, o fator da acessibilidade também pesa para facilitar a entrada do público. “Por ter um baixo custo e ser acessível, o rádio nos permite entrar no ar de qualquer parte do Brasil, desde sempre. Dessa forma, ele consegue ter uma acessibilidade econômica para todas as frentes, o que o torna um meio dos mais adaptáveis e economicamente sustentáveis”, destaca Ruy do Ceará. Apesar dos desafios, Flávio Lara Resende, presidente da Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão, não titubeia e defende a longevidade do rádio: “Já anunciaram a morte do rádio muitas vezes, mas tenho certeza de que ele anunciará mais uma revolução tecnológica”. Do Meio e mensagem Publicação original: https://www.meioemensagem.com.br/home/midia/2022/09/08/100-anos-do-radio.html

Desfile revela falta de noção institucional dos chefes de Poder ausentes

Ausência revela autoridades mais preocupadas com as próximas eleições O governador Ibaneis Rocha e os presidentes Jair Bolsonaro e Marcelo Rebelo de Souza: institucionalidade. Cláudio Humberto O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), não teria atendido ao pedido do Palácio do Planalto para permitir o acesso de caminhoneiros à Esplanada dos Ministérios, neste 7 se setembro, mas, apesar de tensões provocadas pela suposta recusa, ele esteve no palanque ao lado do presidente Jair Bolsonaro para celebrar o Bicentenário da Independência do Brasil. O presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, enfrentou momentos de constrangimento, há cerca de dois meses, quando em 9 de julho Bolsonaro cancelou audiência em que o receberia para demonstrar desagrado com a gafe diplomática do português, que, ao chegar ao Brasil, primeiro se reuniu com Lula (PT), chefe da oposição, e não com o chefe de Estado anfitrião. Ibaneis Rocha e Marcelo Rebelo de Sousa têm em comum noção exata a institucionalidade dos cargos que ocupam, bem ao contrário de autoridades como os presidentes da Câmara, Arhur Lira, do Senado, Rodrigo Pacheco, e do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luiz Fux, talvez mais preocupados com a próxima eleição do que com os papéis de chefes de Poder. O governador do DF se comportou como o gestor público da cidade que hospeda os Poderes da República e, como tal, sua obrigação era estar presente, além do fato de ser mais um brasileiro interessado em demonstrar orgulho pela História de 200 anos celebrada neste Dia 7. O presidente de Portugal atravessou o oceano Atlântico para atender ao convite do governo brasileiro, cumprindo o papel institucional que lhe cabe como representante máximo do antigo colonizador, hoje celebrando o Bicentenário da independência de sua antiga e mais importante ex-colônia. Já os presidente do Senado e do STF não conseguiram sair de suas casas no Lago Sul, em Brasília, para vencer os poucos quilômetros que os separavam da Esplanada. O da Câmara não se moveu de Alagoas. Na prática, o trio Lira-Pacheco-Fux fez mais do que se ausentar do desfile de 7 de Setembro, o que já seria incompreensível. Mais que isso, os três se recusaram a sair na foto da História, no evento mais importante da data magna da nacionalidade: os 200 anos da Independência do Brasil. Se a ideia foi manter distância de Bolsonaro, mal disfarçam o gesto de simpatia a seus adversários. Cláudio Humberto, do Diário do Poder. Publicação original: https://diariodopoder.com.br/brasil-e-regioes/desfile-revela-falta-de-nocao-institucional-dos-chefes-de-poder-ausentes

O horário eleitoral morreu. Vida longa ao horário eleitoral!

O horário eleitoral gratuito na TV e no rádio começou e, com ele, voltou uma antiga discussão: é possível que com tantas opções de entretenimento a propaganda política consiga mudar o rumo de uma eleição? A dúvida se justifica. Em 2018, Geraldo Alckmin, candidato com maior tempo de TV (11 minutos), terminou em quarto lugar, com menos de 5% dos votos. O vencedor, Jair Bolsonaro, tinha 16 segundos e angariou 46% dos votos válidos. Mesmo assim, o que se viu entre os partidos agora foi um enorme esforço para formar alianças que poderiam justamente render alguns segundos a mais na TV e no rádio. Por quê? Há algumas hipóteses para isso. A mais lembrada é a de que é falso dizer que Bolsonaro não teve tempo em rede nacional. A facada em Juiz de Fora garantiu ao então candidato espaço muito mais amplo e valioso nos principais jornais do que ele poderia ter de outra forma. A outra hipótese, menos lembrada, é a de que o horário eleitoral possui limites que ultrapassam as mudanças tecnológicas. No distante ano de 1989, ainda sem celular e internet e quando a propaganda política contava com impressionantes 2 horas e 30 minutos, Ulysses Guimarães tinha o maior tempo entre os candidatos: 22 minutos diários. Ficou em sétimo, com 4,73% dos votos. Lula e Collor, que foram ao segundo turno, tinham 10 minutos cada. Assim como em 2018, isso é o que costuma acontecer em eleições “atípicas”. A de agora, por outro lado, dá sinais de acomodação. Antes outsider, Bolsonaro vestiu o figurino de candidato clássico. Hoje, está em um partido tradicional e formou uma coalização que lhe garantiu o segundo maior tempo de TV. Além disso, os dois líderes isolados nas pesquisas já foram presidentes. Há pouco espaço para novidades. Antonio Lavareda, sociólogo e presidente do Conselho Científico do Ipespe, deu uma rica entrevista a Ricardo Noblat no Metrópoles. Nela, estabelece três pontos que podem servir de bússola para o que pode acontecer no País nas próximas semanas: "[...] são 43% os eleitores brasileiros que dizem que a TV é sua principal fonte de informação sobre política. Perto da soma dos que apontam as redes sociais (24%) e os que mencionaram portais, blogs e sites (23%). Estamos falando de cerca de 67 milhões de eleitores." “Nos Estados Unidos, berço da internet, das redes sociais e também do marketing eleitoral, está ocorrendo a campanha de “midterms”, as intermediárias, neste ano. [...] Nelas, o dispêndio com propaganda na TV será quatro vezes e meio maior do que todo gasto com digital, redes incluídas. Será que eles estão jogando dinheiro fora?" "Por último, recordo que, [...] o contingente de seguidores de Joe Biden nas redes sociais equivalia a apenas cerca de dez por cento do de Donald Trump, seu adversário. Não obstante, como sabemos, o democrata derrotou o incumbente." Isso quer dizer que redes terão efeito reduzido na eleição deste ano e o tempo de TV deve mudar o resultado do pleito? A resposta é não. O que essas informações apontam é que a política, enfim, deve chegar a um momento de maior integração entre as tecnologias, seja a TV, o rádio, a internet e qualquer uma das plataformas digitais. Algo que já tinha sido incorporado pelos candidatos que se saíram melhor em 2018. As redes funcionam melhor para eleitores já convencidos do voto. Os perfis oficiais dos candidatos são um espaço para reforçar opiniões, combinar estratégias e recolher argumentos para as rodas de conversa, digitais ou face a face. Também são instrumentais para os mais desconhecidos identificarem tendências e levarem suas propostas de forma segmentada a grupos que tendem a uma maior convergência com as bandeiras que defendem. O que observei nos primeiros dias de horário eleitoral foram propagandas que, de forma geral, têm isso em mente. É fácil achar ali material compartilhável, curto e de fácil entendimento, conteúdo que está se desdobrando em stories e Reels para o Instagram, vídeos do Tik Tok e correntes de Whatsapp e Telegram. Candidatos aproveitam a audiência incidental e reforçam o convite para que quem assiste os siga nas redes e procure seus nomes no Google, canais onde terão mais espaço e formatos para apresentar suas ideias. E, claro, há quem, numa face mais radical desse pensamento, procura se tornar meme para viralizar fora da TV. A TV continua fundamental, mas se usada de forma integrada e em sinergia com o mundo digital. O horário eleitoral morreu. Vida longa ao horário eleitoral! Luan Freires é gerente de comunicação da CDN Publicado originalmente no Propmark https://propmark.com.br/opiniao/o-horario-eleitoral-morreu-vida-longa-ao-horario-eleitoral/

terça-feira, 6 de setembro de 2022

Life centricity: um novo desafio para as marcas

Pesquisa da Accenture revela que hábitos de consumo e prioridades dos clientes são influenciados por fatores externos, enfraquecendo a tendência customer centric Giovana Oréfice
(Crédito: VectorMine/shutterstock) Inflação, mudanças climáticas e movimentos sociais e culturais vêm ganhando cada vez mais força na vida dos consumidores. É o que revela o estudo The human paradox: From customer centricity to life centricity, realizado pela Accenture Song neste ano. Para 72% dos indivíduos, fatores externos têm mais impacto em suas vidas do que no passado. Ao todo, foram ouvidos cerca de 26 mil consumidores em 22 países, entre janeiro e fevereiro de 2022. As rápidas mudanças no mundo tem reflexo direto no consumo, uma vez que as pessoas querem também que as marcas acompanhem e estejam em consonância com as transformações. Ao mesmo tempo em que 64% desejam que empresas respondessem mais rápido a tais mudanças, 88% dos executivos acreditam que os clientes estão mudando mais rápido do que a capacidade de seus negócios de acompanhar as movimentações. “Existe uma mudança da importância ao redor das marcas de serem sustentáveis e de terem propósito, e isso levou para o que chamamos de aceleração de mudança de expectativas, ou por decisão do consumidor ou por fatores externos, e que passaram a trazer desafios para as empresas”, afirma Flaviano Faleiro, líder da Accenture Song para mercados em crescimento. Segundo ele, a pandemia foi um fator de aceleração, mas há também a questão da evolução tecnológica e demais crises enfrentadas durante os últimos tempos, como políticas e econômicas, por exemplo. O estudo indica ainda que as companhias enfrentam atualmente uma crise de relevância generalizada e que, daqui para frente, devem trabalhar para tornar a vida dos consumidores, de fato, mais simples. Algumas soluções são recorrer a dados, IA e especialistas, combinados com a experiência humana, para entender as reais necessidades dos clientes de acordo com o momento em que eles estão vivendo. Nos EUA, apenas 35% dos clientes estão satisfeitos com as marcas “Novas tecnologias vêm permitindo novas maneiras de se engajar. Enquanto marca, uma empresa pode se perguntar: para onde eu vou? Como eu continuo crescendo e sendo relevante?”, declara o executivo da consultoria. “Em alguns casos isso é a sobrevivência do próprio negócio, em outros é uma maneira de aproveitar a onda de inovação e ser relevante para os clientes do futuro. Não é só uma relevância com os consumidores, mas com a sociedade e em todos os pontos que tocam uma organização”, completa. Contudo, a Accenture alerta para o fato de que números não são tudo. Ainda que a tecnologia tenha um papel importante para marketing e diversas outras áreas de uma empresa, é preciso tratá-los cada vez mais como seres humanos, vulneráveis aos fatores externos à transações, em vez de apenas consumidores. O recado vale também para as empresas de comunicação, como agências, por exemplo, que sempre tiveram como foco antecipar demandas e entender o que cria diferentes efeitos no cliente. “Por um lado, o desafio é comunicar, mas não mais de uma maneira massificada. Em 90% dos casos há um impacto maior se conseguirmos conversar diretamente com o indivíduo”, comenta Faleiro. “Ao mesmo tempo, há uma expectativa de que a experiência esteja dentro do contexto correto, da uma maneira mais eficiente possível, muitas vezes automatizada em tempo real”. Para o executivo, a tecnologia chega para endossar a criatividade, uma vez que a tecnologia e seus diversos desdobramentos – desde inteligência artificial ao metaverso – trouxeram muito mais possibilidades para a cultura criativa de criar impacto e relevância. O grande paradoxo, tema central da pesquisa, aparece no momento em que os consumidores têm a si próprios como prioridade, mas querem mudanças efetivas para os outros; pegam as responsabilidades para si, porém tem o anseio de que marcas estejam ao seu lado; priorizam valores, mas não o custo disso (65% responderam que aumentos de preços os levaram a selecionar marcas de baixo custo em compras recentes); e quando se importam com o impacto que tem no mundo mas não sabem como agir em relação a isso. Neste sentido, quase 70% dos consumidores estão preocupados com o impacto das mudanças climáticas, mas ainda buscam maneiras de colocar a sustentabilidade acima de outras necessidades. “Hoje, o cliente tem um senso maior de propósito e de ter certeza que está interagindo com marcas que sejam sustentáveis, mas ainda existe um componente muito grande de desinformação. Quanto mais isso for divulgado, maior será esse esse ponto”, explica o líder da Accenture Song. Do Meio e Mensagem

Investimento em marketing digital aumenta em 70% das empresas na América Latina

Os investimentos em marketing digital correspondem a 60% do todo, percentual que deve aumentar para 85% nos próximos cinco anos, aponta pesquisa 70% das empresas na América Latina aumentaram os investimentos em marketing digital em 2021 e pretendem manter a trajetória ascendente nos próximos anos. Números que reforçam a relevância que o meio ganhou nos últimos anos, especialmente ao longo da pandemia. Os dados estão no estudo "Marketing Digital na América Latina", desenvolvido pela NTT DATA e a MIT Technology Review. Hoje, os investimentos em marketing digital correspondem a 60% do todo, percentual que deve aumentar para 85% nos próximos cinco anos, segundo os entrevistados, líderes em 60 empresas da Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, México e Peru. A pesquisa reflete também o crescimento do marketing digital nos últimos 3 anos, que fez saltar de 40% para 90% o percentual de empresas que atualmente desenvolvem estratégias de comunicação para o meio. Além disso, 44% afirmaram que atingiram os objetivos (KPIs) nas suas áreas de negócio e 57% que seguem um planejamento anual das campanhas, partindo de um alinhamento mais geral para a personalização diante das jornadas dos clientes. Entre as ferramentas mais importantes para as empresas, estão o CRM, 82%, SEO 59%, ferramentas de gerenciamento de campanhas, 57%, e de escuta social, 38%. Apesar da elevada consideração, ainda é relativamente baixo o número de organizações que possuem ferramentas tecnológicas como visualização de dados, analytics e SEO - além de ativos digitais como redes sociais, site ou CRM - apenas 40%. O estudo ainda identificou qual a rede social favorita das companhias, que elegeram o Instagram como a principal, 87%. Na sequência, ficaram o Facebook, 76%, o LinkedIn, 53%, e o YouTube, 53%. O TikTok, plataforma queridinha do momento, aparece em quinto lugar com 18%. Segundo as empresas, a expectativa é de que a rede da ByteDance suba ao longo de 2022 e chegue à terceira colocação. “Alcançar o cliente, para que ele adquira os produtos ou serviços, é um grande desafio para os profissionais de marketing. E se algo se aprendeu nos últimos anos, marcados mais do que nunca pelas necessidades das empresas e dos consumidores, é que é obrigatório adaptar-se, ser flexível e utilizar as ferramentas adequadas e atualizadas”, complementa Ricardo Cury, head de Customer & Innovation e líder de Marketing Digital da NTT DATA Brasil. do Propmark

Partido de 3 mil filiados leva R$3 milhões do fundão

Leonardo Péricles é o candidato da Unidade Popular à Presidência da República. Foto: Divulgação O fundão eleitoral distribui parte dos R$4,9 bilhões igualmente entre todos os partidos, independentemente se elegeram algum parlamentar ou mesmo se participaram das últimas eleições. O caso do partido de extrema-esquerda Unidade Popular (UP) é emblemático porque faturou R$3,1 milhões do fundão. É como se cada filiado valesse quase R$1 mil. O MDB, partido mais antigo, que tem 37 deputados e 13 senadores, é o partido com mais filiados (2,1 milhões), recebeu R$169 por cada membro. Nem se comparam Maiores bancadas na Câmara, PL, PP e PT receberam R$372, R$258 e R$306 para cada filiado, respectivamente. Certamente têm inveja do UP. Dinheiro na mão O comando dessa bolada milionária é do presidente nacional do UP, Leonardo Péricles, candidato do partido a presidente da República. Aparência é tudo O UP tem como sede um apartamento na Asa Norte, em Brasília, e os contatos são número de celular de Belo Horizonte ou email do Gmail. da Coluna de Cláudio Humberto do Diário do Poder

sexta-feira, 2 de setembro de 2022

Regime ilícito

Amigo de Getúlio Vargas e assessor de imprensa de João Goulart, o jornalista gaúcho Rivadávia de Sousa foi preso nos tempos de ira do regime militar, em 1968. O obtuso que o interrogava atacou: “O que o senhor sabe sobre enriquecimento ilícito no governo de Jango?” Ele, topetudo e indignado, respondeu na bucha: “Nada. Eu é que quero saber quem é hoje o responsável pelo meu empobrecimento ilícito!” do Quadro Poder sem pudor, da Coluna do Cláudio Humberto no Diário do Poder

Marcas que não se transformarem em influenciadores ficarão para trás

Fire Festival 2022, que ocorre entre quinta (1) e sábado (3), em Belo Horizonte, traz como tema central a economia criativa Com a expectativa de reunir mais de 6 mil pessoas em três dias de evento e de gerar um impacto de R$ 40 milhões em Belo Horizonte, onde acontece, o Fire Festival começou nesta quinta-feira (1) com a creator economy no centro da discussão, segmento que vem ganhando cada vez mais protagonismo no universo da comunicação. Prova disso é que o setor movimentou US$ 1,3 bilhão, como mostrou levantamento realizado pela plataforma de dados CB Insights. Em relação ao retorno monetário para o criador, revelou o estudo, a principal fonte ainda tem sido os acordos publicitários, que correspondem a 77% da receita. Fundadora e CCO do YouPix, Bia Granja lembrou que os influencers foram o caminho que as marcas encontraram – sobretudo a partir de 2014 – para criar conexões com os consumidores no mundo digital. No entanto, segundo ela, esse cenário vai muito mais além do que no surgimento dos influenciadores. “A influência é a soft skills do século 21. E o creator, hoje, precisa ter audiência, autoridade e relevância”, afirmou Granja, em um dos painéis do Fire Festival 2022. Ana Paula Passarelli, COO da Brunch e cofundadora da Toast, destacou que o creator precisa ter a capacidade para resolver os problemas da comunidade que representa. Além disso, a executiva falou sobre as oportunidades no mercado B2B, que vem se abrindo cada vez mais aos criadores de conteúdo. “Ser um consultor de marca, como vários creators se tornaram ultimamente, é outra possibilidade de atuação, pois a capacidade criativa desse profissional consegue ajudar a estrutura do mercado como um todo”, disse. E dentro deste conceito, Bia Granja afirmou que o mercado tem apontado da transformação de diversos creators em marcas. “As marcas que não se tornarem influenciadoras vão ficar para trás, pois tem muito influenciador virando marca”, garantiu. Fire Festival Organizado pela empresa de tecnologia Hotmart, o Fire Festival deste ano traz o mote Viva tudo de novo. O evento, que vai de hoje até sábado (3) na Expominas, vai reunir mais de 100 atrações, entre palestras e ativações. “Poder reunir empreendedores digitais, criadores de conteúdo, agências e marcas globais novamente nos motivou com ainda mais novidades e perspectivas. Acreditamos que o evento será único em cada detalhe e na imersão dos participantes”, disse Nathalia Cavalieri, general manager da Hotmart. do Propmark

quinta-feira, 1 de setembro de 2022

Consideração de cabaré

Muito jovem, Osvaldo Aranha foi prefeito de Alegrete (RS) e decidiu acabar uma curiosa tradição: a briga diária, todas as noites, no cabaré da cidade, “Lulu dos Caçadores”. Tudo corria bem e animado até o relógio bater 2h da madrugada, e o pau cantava. Uma noite ele visitou a boate. Bebeu, dançou, foi embora às 3h, nada de briga. Voltou no dia seguinte, e novamente os valentões não apareceram. No quinto dia, já freguês, encontrou um vistoso aviso na parede: “Dr. Osvaldo Aranha, acabaram-se as considerações”. Naquela madrugada, pontualmente às 2h, o pau cantou de novo. Seção "
Poder sem Pudor" da Coluna do Cláudio Humberto do Diário do Poder

Agentes de Trânsito Em Mumbai, Índia, Encontram Uma solução Inovadora Para O Problema Das Buzinas Na Cidade

Agentes de Trânsito em Mumbai, Índia, encontram uma solução inovadora para o problema das buzinas na cidade, com muito humor e tecnologia Mumbai é uma das cidades mais barulhentas do mundo. E muito desse ruído vem da cacofonia nos semáforos. Os “mumbaikars” (como a população local chama quem é de Mumbai), buzinam até quando o farol está vermelho. Nem precisa dizer que essa poluição sonora está prejudicando bastante a qualidade de vida na cidade. Para atacar a ameaça das buzinas, o Departamento de Trânsito de Mumbai, em parceria com a FCB Interface, desenvolveu uma solução inovadora chamada “O Semáforo que Pune”. Funciona assim: sensores especiais de decibéis foram conectados aos semáforos em toda a cidade-ilha. Quando o nível de decibéis excede o perigoso nível de 85 dB, o temporizador do semáforo reinicia a contagem, forçando as pessoas a esperar mais tempo pela luz verde. Assim, as pessoas são “punidas” por sua impaciência, com a mensagem de “buzine mais, espere mais”! “Além de ser um hábito ruim, buzinar sem necessidade é um ato de indisciplina no trânsito. Infelizmente, muitos ‘mumbaikars’ buzinam indiscriminadamente. As buzinas causam poluição sonora, machucam os ouvidos, aumentam o ritmo cardíaco, criam confusão no trânsito e geram estresse. Todos sabem que buzinar faz mal para a saúde, mas fazem muito pouco para evitar. Essa pequena experiência é uma das muitas tentativas do Departamento de Trânsito de Mumbai de aumentar a disciplina nas ruas da cidade. Esperamos que isso incentive os ‘mumbaikars’ a buzinar menos e criar um trânsito livre de barulho e estresse”, declarou Madhukar Pandey, Jt. Comissário de Trânsito, Polícia de Mumbai. Como parte da campanha, a primeira parte da ativação foi testada em Mumbai, em cruzamentos importantes e sujeitos a tráfego intenso, como CSMT, Marine Drive, Peddar Road, Hindmata e Bandra. E o vídeo mostra momentos dos ‘mumbaikars’ confusos que buzinaram, esperaram, buzinaram e acabaram aprendendo da maneira difícil que buzinar não compensa. Ao explicar a ideia criativa, Robby Mathew, Chief Creative Officer da FCB Interface, afirmou: “Às vezes, ‘the stick works better than the carrot’. E um semáforo que pune gentilmente as pessoas que buzinam sem necessidade me pareceu uma boa ideia”. Rohit Ohri, Group Chairman e CEO do FCB Group, acrescentou: “Há muitos anos fazemos parcerias com a Polícia de Mumbai. A poluição sonora é um grande problema nas nossas cidades. Essa nova iniciativa é uma fantástica solução criativa para aumentar a conscientização e promover uma mudança de comportamento nos motoristas de Mumbai”. do Portal da Propaganda Veja a publicação original aqui: http://www.portaldapropaganda.com.br/noticias/20825/agentes-de-transito-em-mumbai-india-encontram-uma-solucao-inovadora-para-o-problema-das-buzinas-na-cidade/

Semanas de silêncio

A Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher levou 15 dias para, após muita pressão de deputadas do PL, da oposição, aprovar moção de repúdio...