do blog política livre
Por Raul Monteiro
As negociações com vistas à participação formal do PDT na base do governo do Estado praticamente fracassaram, informou há pouco, com exclusividade ao Política Livre, uma fonte do partido. O recuo, inclusive, já teria sido sinalizado pelo presidente estadual do PDT, Severiano Alves, a membros importantes da legenda na Bahia e em Brasília, antecipou a mesma fonte.
Alves teria sido parcialmente responsável pelo aborto das tratativas com o governo, ao tomar conhecimento de que a articulação política do governador pretendia incluir na proposta de “integração” do partido o ingresso de pelo menos sete parlamentares da base governista na legenda. Com receio de que a idéia significasse a perda de controle do PDT para o novo grupo, o presidente meteu o pé no freio e sustou as conversas.
O Política Livre apurou que, ao contrário do que se comenta em círculos restritos do governo, os deputados não seriam ligados apenas ao hoje conselheiro Otto Alencar, que vinha conversando com o PDT para um eventual ingresso na legenda a partir do final do ano. É quando ele se aposenta do Tribunal de Contas dos Municípios e terá condição de filiar-se a uma sigla com o objetivo de disputar provavelmente uma vaga ao Senado.
Os parlamentares fariam parte de um grupo próximo do governador que está hoje disperso em legendas sem compromisso com o projeto de reeleição de Jaques Wagner, motivo porque poderiam ser abrigados no PDT, desde que o partido se engajasse definitivamente na base governista. Em privado, o deputado federal Severiano Alves tem comentado que há tempos acalentava a idéia de trazer Otto Alencar para o partido.
Nunca, entretanto, vinculou seu ingresso a grupo nenhum, muito menos à idéia de assumir algum cargo importante na legenda, exatamente por medo de que, na operação, o partido acabasse lhe saindo das mãos, como tem sido uma praxe em agremiações partidárias baianas. A indefinição do governo em relação a que espaço o partido ocuparia na administração também contribuiu para a suspensão das negociações.
No grupo dos aliados, o PMDB teria feito cara feia ante a proposta de os pedetistas receberem a secretaria de Ciência e Tecnologia, comandada por um indicado do deputado federal Colbert Martins Filho. O parlamentar, que hoje coordena a bancada baiana em Brasília, fez a indicação quando ainda pertencia ao PPS, mas hoje é filiado ao PMDB do ministro Geddel Vieira Lima (Integração Nacional).
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