segunda-feira, 1 de abril de 2013

Sustentabilidade: as madeiras de lei e a publicidade

Sustentabilidade: as madeiras de lei e a publicidade
O termo sustentabilidade está cada vez mais em moda no dia a dia das pessoas e em todos os segmentos da sociedade brasileira. Qualquer  coisa, é sustentabilidade pra lá, sustentabilidade pra cá...E tome sustentabilidade para tudo.
Então vamos aproveitar para ampliar um pouco mais o uso do vocábulo, fazendo uma comparação entre o que está acontecendo com as madeiras de lei e a publicidade.

Falando em termos de equilíbrio ecológico, por exemplo, é de lamentar, profundamente lamentável mesmo, a constatação de que nossas chamadas madeiras de lei como jacarandá, cedro, peroba, marfim, mogno e até o pinho que era produzido  em larga escala  no sul do país, parecem estar praticamente com os dias contados, porque não vemos o seu replantio. É claro que há exceções, mas a maior parte do reflorestamento de que se tem noticia, está acontecendo com espécies  sem o mesmo valor e nobresa dessas espécies em extinção.

Trazendo esse exemplo para a nossa atividade, a publicidade, é da mesma forma triste, muito triste, a conclusão a que se chega de que não houve renovação dos nossos “homens de lei”,  de grandes profissionais como Armando D’Almeida, Caio Domingues, Renato Castelo Branco e tantos outros  que comparados ao jacarandá, cedro, peroba, mogno e outros, eram os nossos “paus pra toda obra” sempre tomando posições em defesa da atividade fazendo-a respeitada em todos os nichos  da sociedade, porque não permitiam que certos  pilantras fizessem uso dela para enriquecimento ilícito. Porque cobravam o preço justo pelo seu trabalho. Porque não abriam mão da ética, da dignidade,  do respeito ao ofício de publicitário  e do profissionalismo que regia suas vidas e a própria atividade

Lamentavelmente isso é tudo o que não vemos nos nossos dias atuais.

E claro que existem grandes profissionais que não concordam com o desmanche que está sendo promovido por alguns empresários  da publicidade,  que a exemplo de madeireiros sem caráter e sem respeito, só enxergaram o lucro imediato e dizimaram com as nossas florestas.

Mas ainda há tempo de reparar as falhas e corrigir a rota do nosso negócio. É uma questão de refletir sobre o que estamos fazendo pela sobrevivência de nossa atividade.

Porque  não podemos permitir que ela seja dizimada.   


Humberto Mendes é Vice-Presidente da Federação Nacional das Agências de Propaganda - FENAPRO.

do site do SINAPROBAHIA

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