sábado, 30 de maio de 2009

SEM A INDECÊNCIA DO TERCEIRO MANDATO

11:40:08
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Morreu sem sair da maternidade da picaretagem de um caçador de holofotes e da ribalta da mídia a PEC – Projeto de Emenda Constitucional – do deputado sergipano Jackson Barreto, que pretendia o terceiro mandato para o presidente Lula, em total sintonia com a “revolução bolivariana”, do semiditador Hugo Chaves, da Venezuela. Como se esperava, parlamentares que haviam assinado a proposta retiraram as suas assinaturas e ela caiu de peca. Além de indecente, era uma manobra que atingia Lula e, principalmente, Dilma Rousseff, a pré-candidata do PT que enfrenta um tratamento quimioterápico para curar um câncer linfático. Jackson Barreto conseguiu seus 15 minutos de glória e o Brasil segue na sua trilha democrática. Na verdade, a primeira violência foi cometida pelo então presidente Fernando Henrique Cardoso, ao aprovar o segundo mandato que jamais foi tradição na política brasileira em época de normalidade institucional. No ciclo militar ditatorial, o mandato chegou a seis anos, mas, depois, caiu para cinco, desceu para quatro, e ganhou o reforço de um segundo mandato com FHC, num processo alinhado com as tradições norte americanas, principalmente. Considero que um mandato presidencial de quatro anos é pouco, de cinco (também para governadores e prefeitos) seria o mais racional, justo e lógico. Assim posto, Jackson Barreto colocou a sua viola no saco, depois de saracotear durante 48 horas, e o Brasil se livrou da indecência do terceiro mandato.

(Samuel Celestino)

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