segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Enviado por Pedro Lago, do Corujão da Poesia
poema da noite
Poema - Capinan

Como se derrama um vaso
animo as salas mortas
que eu simplesmente trago
dentro de minha vida

Como se levanta um Lázaro
passo as noites que me passam
exercitando os pássaros
a circular sobre os mortos

- sussuros no assoalho
nem redivivos mortais nem seu fantasmas
ratos
são apenas os ratos
devorando as ilusões
a madeira podre
e o vazio da sala.



José Carlos Capinan nasceu em Esplanada, Bahia em 1941. Além de poeta, é compositor e letrista de música popular brasileira. Compôs letras que se tornaram clássicos como Soy Loco por Ti, Viramundo, Ponteio, Corrida de jangada e outras. Publicou Confissões de Narciso em 1986, Terra à vista em 1995, Nas terras do sem fim, Balança mas Hai-Kai em 1996. Foi Secretário de Cultura da Bahia em 1986.

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