Sou um Scroto. Nascido na Bahia, criado no mangue, desajustado socialmente. Perfil é foda. Não acredito nisso. Mas vá lá. Nasci de um ebó, feito por minha mãe, Dulce, a mando de meu pai, Gregório de Matos. Vim como veio o Messias ao mundo, pela divina providência. Anos depois, jogaram-me no brega de Mariinha da Vovó, o 26, e aos 4 anos de idade, expulso do recinto por mau comportamento, fui levado para a Casa de Mãe Preta na ladeira da Montanha. Cresci entre putas, malandros e gente simples da boa terra. Aos 11 anos, Preta pediu aos monges do Mosteiro de São Bento, que me dessem um lar de verdade, e tentassem salvar minha alma. Fiquei 7 anos enclausurado entre os religiosos, lendo tudo quanto é tipo de livro filho da puta, e tomando todos os vinhos de quinta da adega da igreja. Comi pelo menos umas dez freiras, cinco padres, duas noviças e meia dúzia de beatas, até me formar na sacanagem e ser mandado embora. Tive banca de jogo do bicho, fui gigolô e empresário, cupicha de político e mercenário. Até que um belo dia, ganhei uma bolada de uma ex-amante de 87 anos, rica e safada. Que boquete! Na banguela. Ria pra caralho. Ela. Eu só ri depois que a véia morreu. De lá pra cá não faço mais porra nenhuma, além de tomar meu Scot e ficar vendo tudo na cocó...
Escreva pra mim, sacana! Um abraço - por trás.
Copyright 2007 - O Aranha - contato@oaranha.com.br
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