Fábio Pozzebom/ABr
Quando se apresenta com sua cara definitiva, o inevitável é coisa indiscutível.
Diante de um pé d'água, não resta senão abrir o guarda-chuva e procurar abrigo.
Assim também com a crise. A tormenta chegou? Pois não adianta discutir o inevitável.
A única coisa a fazer é fugir da inércia e tentar se molhar o mínimo possível.
Nesta quinta (22), o governo abriu um toldo para o empresariado nacional.
A novidade foi anunciada pelo ministro Guido Mantega (Fazenda).
Decidiu-se transferir R$ 100 bilhões do Tesouro Nacional para as arcas do BNDES.
O dinheiro vai virar empréstimos à iniciativa privada ao longo dos próximos dois anos.
Pretende-se liberar R$ 50 bilhões em 2009 e importância idêntica em 2010.
"Não faltará recurso para investimento no Brasil", disse Mantega.
"Vamos estar com a oferta acima da demanda e com custos reduzidos, taxas abaixo das do mercado".
O crédito será, agora, condicionado à manutenção e geração deempregos.
Segundo Mantega, vai-se exigir a "explicitação" do volume de empregos de cada empreendimento financiado com verbas públicas.
Depois, diz o minsitro, o governo pretente fazer "a fiscalização".
No campo das boas intenções, a contrapartida é justa e necessária.
O diabo é que, no Brasil, boas intenções costumam ser conspurcadas pelos fatos.
Resta observar a "explicitação" e torcer para que haja mesmo alguma "fiscalização".
Escrito por Josias de Souza às 17h07
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