domingo, 25 de janeiro de 2009

Do blog do Fernando Rodrigues

Câmara e Senado, um balanço pré-eleitoral

A semana termina com José Sarney (PMDB-AP) mais presidente do Senado do que Michel Temer (PMDB-SP) presidente da Câmara.

 

Mas tanto Sarney como Temer continuam favoritos para ganharem as presdências do Senado e Câmara, respectivamente.

 

No Senado, Sarney e seus aliados (Renan Calheiros à frente) avaliam ter de 50 a 60 votos --num colégio de 81 senadores. Em política, impossível nada é, mas as coisas não vão bem para Tião Viana (PT-AC).

 

Na Câmara, Michel Temer tem, no papel,  mais de 400 votos garantidos por causa do apoio formal de 13 partidos (serão 14 na semana que vem, com a possível adesão do PRB). Na prática, a situação parece ser outra.

 

O PMDB na Câmara julga ter garantidos cerca de 300 a 320 votos --num colégio eleitoral total de 513 deputados. Para ganhar é necessário ter, pelo menos, 50% mais 1 dos 513 votos.

 

O blog calcula que Temer tem, no momento, cerca de 250 a 280 votos garantidos --mas num cenário em que o solo da Câmara se assemelha ao de uma areia movediça.

 

Este blog também apurou que na oposição as previsões mínimas são as seguintes:

 

Ciro Nogueira (PP-PI) - 120 votos
Aldo Rebelo (PC do B-SP) - 60 votos
Osmar Serraglio (PMDB-PR) - 20 votos

 

Esses votos da oposição foram contados ao longo da semana, por volta de 4ª feira. Somam 200. São necessários mais 50 e poucos para levar a disputa para o segundo turno. Não é algo do outro mundo.

 

Há cerca de 70 a 100 votos completamente indefinidos e voando para todos os lados.

 

A semana que entra será uma eterna noite de São Bartolomeu. Um massacre de convicções, uma grande carnificina, com propostas mirabolantes, traições de todos os tipos e pouca possibilidade de previsão do resultado para o dia 2 de fevereiro.

 

Mas uma frase é muito intrigante e muito ouvida nos corredores da Câmara, talvez o local mais pragmático e menos ideológico da galáxia: "Se Michel Temer ganhar, é bom, de verdade, apenas para ele e para o grupo dele no PMDB. Pouca gente lucra com isso".

Por Fernando Rodrigues

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