
O governo deve anunciar a elevação do valor dos imóveis que podem ser financiados com recursos do FGTS. Hoje, o limite é de R$ 350 mil. Vai a R$ 500 mil.
A clientela de baixa renda será brindada com subsídio governamental na aquisição da casa própria.
Pretende-se assegurar aos brasileiros com renda de até R$ 2.500 o financiamento de 100% do valor do imóvel.
Trabalha-se com a idéia de aproximar as prestações do valor dos aluguéis pagos pelos compradores.
Planeja-se também instituir um fundo que garanta o pagamento das mensalidades da clientela pobre que perder o emprego.
Além de tonificar os empréstimos para a compra de casas prontas, o governo deve conceder estímulos à aquisição de material de construção.
Esse tipo de material deve ser incluído no rol de produtos passíveis de financimento por meio de empréstimos do chamado microcrédito.
Vai-se facilitar também o acesso dos consumidores pobres a um programa da Caixa Econômica Federal chamado Construcard. Oferece empréstimos de até R$ 25 mil.
De resto, o governo deve reduzir a alíquota de tributação que incide sobre a construção de moradidas populares. Hoje, está fixada em 7%.
As providências vêm sendo esboçadas desde o ano passado. Foram expostas a Lula numa reunião realizada na noite passada.
O governo vinha trabalhando com a meta de financiar a compra de 900 mil novas moradias ainda no ano de 2009.
Ouvidos, construtores ponderaram que a pretensão pode não ter conexão com a realidade.
Analisa-se agora a hipótese de fixar a meta de 1 milhão de casas. Mas o horizonte seria esticado para dois anos: 2009 e 2010.
Em 2008, foram financiadas cerca de 600 mil moradias. Casas novas e usadas.
O valor dos empréstimos somou cerca de R$ 30 bilhões, dos quais mais de R$ 20 bilhões vieram das arcas da Caixa Econômica Federal.
O governo pretende aumentar o montante em pelo menos 50%. Incluindo os financiamentos da CEF e da rede privada de bancos.
Com isso, além de reduzir o déficit habitacional, acha que vai atenuar o flagelo do desemprego.
Faz-se também um cálculo político. Imagina-se que, ao prover aos brasileiros a realização do sonho da casa própria, Lula mantém sua popularidade a salvo dos efeitos da crise.
Escrito por Josias de Souza às 03h48
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