O presidente Lula prometeu ontem, em Salvador, “encontrar uma solução” para a crise instalada nos municípios com a queda nos repasses do FPM (Fundo de Participação dos Municípios) no primeiro trimestre do ano. Lula disse que não “irá permitir” que as prefeituras “fiquem paralisadas”.

“Eu sei que vocês todos estão comendo o pão que o Diabo amassou com a queda do FPM. E, para nós, do governo federal, não adianta o município estar mal, porque, se ele estiver mal, vai se desestruturar. E o município é o primeiro pronto-socorro para atender à população”, disse Lula, em discurso na abertura da I Mostra Nacional de Desenvolvimento Regional.

Segundo a CNM (Confederação Nacional dos Municípios), o valor do segundo repasse do FPM de março às prefeituras ficou 19% abaixo da estimativa da Secretaria do Tesouro Nacional -R$ 250 milhões, ante previsão de R$ 310 milhões. Lula atribuiu a redução à crise econômica mundial.

Ontem, o presidente da União dos Municípios da Bahia, Roberto Maia (PMDB), entregou um documento a Lula em que pede ajuda no “enfrentamento das crises que assolam as administrações municipais”. Segundo a entidade, o fundo é a principal fonte de receita de 80% das cidades baianas.

Eles pediram a suspensão temporária do desconto automático no FPM de parcelas de dívidas dos municípios com a Previdência. Informações da Folha.